Luísa, Livro do Céu, vol. 11 – 10 de abril de 1913.

Esta manhã, o meu sempre amável Jesus veio e estreitando-me ao seu Coração, disse-me:
“Minha filha, quem pensa sempre na Minha Paixão forma no seu coração uma nascente, e quanto mais pensa nela, mais esta nascente cresce; e assim, como as águas que brotam dela são águas para todos, esta nascente da Minha Paixão, que se forma no coração, serve para o bem da alma, para a Minha glória e para o bem de todas as criaturas.”E eu: “Meu bem, diz-me o que darás como recompensa àqueles que farão as Horas da Paixão como Tu me ensinaste?” E Ele: “Minha filha, não olharei para estas Horas como coisas vossas, mas como feitas por Mim, e vos darei os Meus próprios méritos e os mesmos efeitos, como se Eu estivesse sofrendo a Minha Paixão em ato, segundo a disposição das almas; nesta terra, não podia dar-lhes prêmio maior. Depois, no Céu, irei colocá-las de frente, lançando-as com setas de amor e de contentamento, por quantas vezes fizeram as Horas da Minha Paixão, e elas Me lançarão a Mim. Isto será um doce encanto para todos os bem-aventurados!” Então ele acrescentou: “O Meu amor é como fogo, mas não como fogo que consome as coisas e destrói os cenários; o meu fogo vivifica, aperfeiçoa, queima e consome só aquilo que não é santo: os desejos, os afetos, os pensamentos que não são bons. Esta é a virtude do Meu fogo: queima o mal e dá vida ao bem. Então, se a alma não sente em si nenhuma tendência ao mal, pode estar certa que é o meu fogo; se sente em si mesma o fogo e uma mistura de maldade, há muito a duvidar que não seja o Meu verdadeiro fogo.”