Experiências Místicas

Além de ouvir a voz de Jesus interiormente e ter tido a primeira visão de Jesus aos 13 anos, Luísa sentia dores indescritíveis, tanto espirituais quanto morais (sua família descobriu seus sofrimentos e pensou que eram fruto de sua própria vontade). Isso serviu para divulgar ainda mais sua situação, trazendo sobre ela a incompreensão e hostilidade de muitos.

Além de tudo isso, um terrível teste com duração de 3 anos (dos 13 aos 16 anos) foi adicionado: uma batalha feroz contra os demônios. Ela resistiu valentemente aos seus ataques, tentações, insultos e tormentos, até que os derrotou completamente.

No assalto final que sofreu nesta batalha, Luísa perdeu a consciência e teve uma segunda visão de Jesus sofrendo gravemente pelas ofensas dos pecadores. Foi quando ela se submeteu ao estado de vítima que Jesus e Nossa Senhora das Dores a convidaram a aceitar. Depois disso, as visões de Jesus se multiplicaram. Luísa costumava participar de diferentes sofrimentos da Paixão de Jesus, particularmente na Coroação dos Espinhos. Como resultado, ela não conseguia comer. No início, quando insistiam, ela devolvia todo o alimento. Viveu assim, em um estado de total abstinência de comida, até sua morte. Nutria-se apenas da Santa Eucaristia! Sua comida era a Vontade do Pai.

Outro sinal extraordinário:
Por causa de seu crescente sofrimento pela Paixão de Jesus, Luísa perdia, frequentemente, seus sentidos. Seu corpo tornava-se rígido, às vezes por muitos dias, até que um padre – geralmente seu confessor – ia tirá-la daquele estado de morte. Ele fazia isso abençoando as costas da mão ou a testa de Luísa, rezando: “Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tem misericórdia de nós e do mundo inteiro. ” Por obediência, sua alma retornava ao seu corpo e quando ela se recuperava o suficiente, seu confessor celebrava a Santa Missa em seu quarto.

Luísa percebeu que dependia totalmente dos sacerdotes. E esse era um de seus maiores sofrimentos: “exigir” que um sacerdote fosse até ela todas as manhãs para “chamar” sua alma de volta ao corpo. Mas, não havia outro caminho para que ela retornasse, senão através de um sacerdote. Em sua humildade, Luísa sofria ao ver que, de certa forma, um sacerdote tinha que “estar sujeito” a ela, embora muitos de seus confessores, durante todo esse tempo, tenham visto o trabalho extraordinário que Deus estava realizando nessa alma tão bela e humilde.