Jesus nos ensinou a rezar na oração do Pai Nosso: “Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu”. E quando pedimos que se faça a vontade do Pai, na terra como no céu, não é na terra que estamos pisando, mas na terra de nossa humanidade, de nosso coração, na terra de nosso ser.

O Papa Bento XVI, sobre esta oração, escreveu no livro Jesus de Nazaré: “Pedir pela vinda do Reino significa dizer a Jesus: deixa-nos ser teus, Senhor! Penetra-nos, vive em nós; reúne a humanidade dispersa no teu corpo, para que em Ti tudo esteja submetido a Deus e Tu então possas entregar tudo ao Pai, para que “Deus seja tudo em todos” (1 Cor 15,26-28). Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu Das palavras deste pedido duas coisas se tornam imediatamente claras: há uma vontade de Deus conosco e para nós, que deve tornar-se a medida do nosso querer e do nosso ser. E: a essência do “céu” consiste em que lá a vontade de Deus acontece inviolavelmente, ou, dito de outro modo: onde a vontade de Deus acontece, aí é o Céu. A essência do céu é a unidade com a vontade de Deus, a unidade de vontade e de verdade.” Deus nos chama a aceitar seu convite ao amor. Deus é a fonte sublime do amor e tem sede da nossa volta ao amor. Então, diante de nossas tribulações e sofrimentos, rezemos com Jesus e digamos: Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu.”