“Mas o que é isto, ‘vontade de Deus’? Como é que a conhecemos? Como é que a podemos realizar? As Sagradas Escrituras partem do princípio de que o homem, no seu íntimo, conhece a vontade de Deus, que há um “saber com” profundamente ancorado em nós… Mas elas sabem também que este saber com o Criador, dado por Ele a nós na criação “à sua semelhança”, foi enterrado na história — não totalmente extinto…” (Bento XVI).

O filho, desde seu nascimento, vive com o seu pai e, à medida que convive e cresce com ele, desfrutando de sua companhia e aprendizado, passa a conhecê-lo muito bem e, por isso, sabe o que o pai quer que o filho faça e como deve fazê-lo; sabe o que agrada ou desagrada ao pai.

Não dizemos muitas vezes que em um simples olhar o pai comunica uma mensagem ao filho, dispensando as palavras? Não é o que ouvimos nossos pais e avós nos contarem? Hoje ainda é assim?

O que foi profundamente ancorado em nós quando Deus nos criou, permanece; ofuscado pelo pecado, pela triste história do homem na separação do seu Criador, mas está lá, em nosso íntimo, em nossa alma… indelével! Não deixamos de ser a imagem e semelhança de Deus, mesmo após o pecado. “Porque o nosso ser vem de Deus, podemos, apesar de toda a sujidade que disso nos impede, colocarmo-nos a caminho da vontade de Deus”.

“A vontade de Deus brota do ser de Deus e a partir daí nos conduz à verdade do nosso ser, liberta-nos da autodestruição pela mentira”. Nós ainda somos capazes de Deus. Ele pode e quer ser reconhecido por nós como Pai Nosso; nos capacita para isso. Deseja e espera isso.

“Eu quero que a criatura compreenda que seu lugar, designado a ela por Deus, é em Minha Vontade, e até que esteja n’Ela, a criatura estará sem lugar, sem ordem, sem propósito” (longe da finalidade para a qual foi criada). “E Eu, movido por compaixão por ela, lhe gritarei continuamente: ‘Entra no seu lugar, vem à ordem, vem tomar tua herança – a viver em tua casa… Vem para o teu lugar – a ele te chamo e aí te espero’. (Jesus à Serva de Deus Luísa Piccarreta – 27 de agosto de 1926).

Olhemos para a Cruz: “Jesus ousou dar este salto como ato do amor de Deus para com o homem. E por isso Ele sabia que neste salto, em última instância, só podia cair nas boas mãos do Pai…quem segue a vontade de Deus sabe que nunca deixará de ter Sua proteção ante todo e qualquer horror com que se confronta. Sabe que o fundamento do mundo é o amor e mesmo aí, onde ninguém pode ou quer ajudá-lo, pode continuar a confiar Naquele que o ama”.

“Em Jesus, Deus nos mostra o seu rosto; no Seu agir e na Sua vontade, conhecemos os pensamentos e a vontade de Deus”.

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Citações: Livro Jesus de Nazaré, Papa emérito Bento XVI

Errata: No texto de setembro, as datas referentes às citações dos escritos da Serva de Deus Luísa Piccarreta são: 02/09/1912 e 20/08/1912, respectivamente.

Eliane Donaire
Departamento da Divina Vontade | Associação do Senhor Jesus

 

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