Imagem da Assunção de Maria na pintura de Bartolome Esteban Murillo, 1670

Assunção da Virgem, Bartolome Esteban Murillo, 1670

 

Feliz na terra, feliz no Céu. Assim foi e permanece Nossa Senhora, que em tudo cumpriu a Vontade de Deus; eis aí a sua felicidade, a sua bem-aventurança. Ainda que trespassada pelas dores de ver seu Filho perseguido e morto na cruz, a vida de nossa Mãe era o seu constante “sim” a Deus, desde a anunciação e encarnação do Verbo em seu ventre ao doloroso caminho rumo ao Calvário.

Com Jesus em seus braços, Maria soube que passaria por dores, esta foi a profecia de Simeão. No entanto, a união de Maria ao seu Filho e, portanto, à Trindade, fazia com que o seu “Fiat”, o seu “sim” a Deus fosse constante. Em Maria, o plano de salvação de toda a humanidade encontra a sua realização, sem resistência. Nela, Deus, descido do Céu, encontra a sua “morada”. E vindo do Céu, onde mais poderia Ele se “alojar” que não no ventre puríssimo de Maria? Ali, Jesus encontrou a vontade de seu Pai sendo amada, acolhida e realizada.

E, diante de sua Mãe, o Homem-Deus, tendo sido elevado na cruz, confiou-lhe toda a humanidade. E Ela, assunta ao Céu, não deixa de cumprir a sua missão, não cessa de interceder por nós.

Maria intercede para que, assim como Ela o fez, façamos também, respondendo ao chamado de Deus, vivendo unidos a Ele, de quem viemos e por quem devemos (bem) viver, para que, tendo participado de sua divindade nesta terra, a Ele um dia voltemos.

A Festa da Assunção é a ocasião propícia para refletirmos sobre “viver de Céu e não mais da terra”, porque “impele-nos a elevar o olhar ao céu. Não se trata de um céu feito de ideias abstratas, nem sequer de um céu imaginário criado pela arte, mas do céu da realidade autêntica, que é o próprio Deus: Deus é o céu. E Ele é a nossa meta, a meta e a morada eterna, de onde viemos e para a qual tendemos” (Homilia do Papa Bento XVI, 15 de agosto de 2008). Que esta Festa nos remeta a participar da alegria dos santos e anjos, na celebração do acontecimento que, como toda a vida de Maria, une o Céu e a terra.

Mais do que a fé em Deus, nossa Mãe amava a Deus, sobre todas as coisas e, por isso, tinha, já aqui, a beleza mais autêntica: a da santidade; e a esta todos nós somos vocacionados.

Ó Mãe do Amor, Imperatriz Soberana, não nos deixe no caminho, mas continue a nos guiar, até que todas as coisas se convertam para nós na Vontade de Deus, para que possa formar em nós sua vida e seu Reino. Amém.

Medite diariamente as orações de A Virgem Maria no Reino da Divina Vontade, “para que aprenda a viver de Céu e não mais de terra” .

 

Eliane Donaire
Departamento da Divina Vontade | Associação do Senhor Jesus

Artigo publicado na revista  Brasil Cristão (Ano 27, Nº 313, agosto 2023).

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