Estas foram as palavras dirigidas ao cego Bartimeu quando este gritava: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!” Bartimeu gritava alto para que Jesus o escutasse e se compadecesse dele. Quanta tristeza devia conter o coração daquele homem por não enxergar, não ver o que estava à volta, os caminhos pelos quais passava, por viver na escuridão.

Tendo ouvido falar de Jesus, ele sabia o quanto era crucial aproveitar a passagem de Jesus por ali. Bartimeu lançou fora seus trajes velhos e sujos e, o quanto possível, correu ao encontro de quem podia dar-lhe visão e vida nova. Ele veria, então, o quanto suas vestes, e ele próprio, estavam sujas.

Bartimeu viu… viu a face do Cristo à sua frente, olhou-lhe nos olhos e reconheceu n’ Ele a misericórdia que o havia salvado. Encantou-se com olhar de Deus e, respondendo “sim” ao amor, com gratidão, pôs-se a segui-Lo. Encontrava ali a finalidade da sua vida.

Também nós precisamos desejar lançar fora as antigas vestes, nos despir da condição que, muitas vezes, nos paralisa e nos impede de seguir, ou mesmo de nos mantermos em pé. Certamente, ao redor de Bartimeu também havia aqueles que o motivavam a não tentar ou o impediam de chegar a Jesus. Muitas situações ao nosso redor parecem nos dizer o mesmo.

“Coragem!”, abraça a Fortaleza, dom do Espírito Santo dado a nós pelo Batismo, e resiste aos tempos maus, desafiadores! Vigia e “não entrega a tua alma a tristeza… sê firme!” (Eclo 30, 22;24) Olha, com os olhos da fé, a Face Sagrada de Jesus, que pergunta: “O que queres que eu te faça?” Não desperdice a chance em pedir coisas que passam, antes, peça que os teus olhos vejam… vejam o essencial, o visível aos olhos da Fé; enxerguem os teu empecilhos, o que te impede de reconhecer e seguir a Cristo e dizer o “sim” incondicional à sua santa e bondosa vontade.

“Quem não está sequer resignado à minha vontade, está cego e surdo, sem olfato, perde o gosto de todo bem. É um pobre paralisado que não pode ajudar a si mesmo. Ele mesmo se aprisiona a uma rede de infelicidade e pecados, da qual não é capaz de sair” (Jesus à Serva de Deus Luísa Piccarreta, Vol. 36, 12 de abril de 1938).

Peçamos a Deus que não só nos dê “olhos para ver”, mas que seja Ele mesmo nossa Luz e entendimento, e que os nossos sentidos e ações, conduzidos por Ele, nos levem a Ele, onde se encontra a fonte de toda a nossa satisfação e felicidade. “Deus invisível, na riqueza do seu amor, fala aos homens como amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à comunhão com Ele” (CIC 142).

“Coragem, levanta-te, Ele te chama!”

Eliane Donaire
Departamento da Divina Vontade | Associação do Senhor Jesus

 

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