Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus (1 Tes 5, 18). Como será a oração que dirigiremos ao Pai neste ano que se encerra? Uma oração sincera, sem dúvida, afinal, antes que a palavra nos chegue à boca, Deus já a conhece. Estejamos atentos, contudo, pois a boca fala do que está cheio o coração. Lamentações e petições fazem parte da oração, mas não devem tomar maior parte nela; antes, façamos como o próprio Jesus que em tudo dava graças ao Pai. “Esta é a vontade de Deus”, diz São Paulo, que em tudo demos graças, na alegria assim como tribulação.
Agradecer a Deus, independentemente das circunstâncias, é um sinal de amadurecimento da nossa fé, da nossa relação de confiança simples e fiel, e da intimidade com Deus; é a certeza de que, mesmo sem entender o propósito dos acontecimentos, estamos cientes e cremos que nada “foge ao controle” de Deus que é Pai e nos ama. E o que poderá nos separar desse amor? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? O perigo? A espada? Responde-nos também o apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos: “Em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou. Estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro nos poderá separar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus” (c.f Rom 8, 35-39) E, por isso, demos graças!
Assim, fortalecidos na fé que nos vem pela gratidão e confiança, armemos nossas árvores para celebrar o Salvador; ofertemos o nosso coração contrito e cheio de esperança e, em paz, nos coloquemos em prontidão para o novo ano que se põe a caminho.
Como súplica, peçamos a Deus que nos torne dóceis à Sua Santa Vontade e nos conceda a graça de querer somente o que Ele quer; neste, no próximo e em todos os anos de nossas vidas.
Eliane Donaire
Departamento da Divina Vontade | Associação do Senhor Jesus