Durante a Quaresma vivemos um tempo de recolhimento, de reflexão, de penitência, para podermos participar das dores vividas por Jesus. Fomos chamados, nesse tempo propício, a avaliarmos a nossa própria vida à luz da fé, conscientizando-nos de que “viemos do pó e ao pó voltaremos” (Gn 3,19). O sofrimento de Jesus, no qual refletimos sobretudo nestes dias, foi para a nossa redenção, cumprimento da vontade do Pai, para que nós tivéssemos sempre a certeza da vitória; vitória sobre os males da vida terrena, causados pelo pecado que é a recusa à vontade de Deus. Portanto, dores e sofrimentos sempre os haveremos de ter, no entanto, estes não podem ser “desperdiçados”, devem ser oferecidos: “Cristo deu novo sentido ao sofrimento: desde então este pode configurar-nos com Ele e unir-nos à sua paixão redentora” ( CIC 1505).
E que venham a nós os frutos da Paixão e da Ressurreição de Jesus! “E esta é a vontade do Pai, o qual me enviou: que Eu não perca nenhum de todos os que Ele me deu, mas que Eu os ressuscite no último dia” (Jo 6,39). Antes, sejamos renascidos pela água e Sangue que jorraram de Seu lado aberto, favorecidos por Sua própria oração: “Pai Santo, Eu Te dou graças por tudo o que sofri e por aquilo que me resta sofrer. E como este alvorecer chama o dia e o dia faz nascer o sol, assim a aurora da Graça brote em todos os corações e, fazendo-se dia, Eu, Sol Divino, possa surgir em todos os corações e reinar sobre todos.” (As 24 Horas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo).
Proclamemos nesta Páscoa: “Cristo ressuscitou, aleluia!”, participantes de Sua Paixão, sejamos participantes da Sua Ressurreição.
Eliane Donaire
Departamento da Divina Vontade | Associação do Senhor Jesus