“Não se perturbe o vosso coração” (Jo 14, 27).

Chegou dezembro novamente, “e tão rápido” é a sensação que temos. Quantos acontecimentos ao longo desse ano! Muitos deles bons e outros muito desafiadores. Por quantos destes demos graças ao Pai? Em todo tempo, bom e mau, devemos agradecer a Deus por aquilo que Ele nos permite viver. A gratidão, independentemente da circunstância, revela um coração confiante, e a confiança produz a esperança, e esta não pode faltar. É por meio dela que nos vêm o ânimo, o vigor, a firmeza, a coragem.

Assim deve ser o nosso coração: ancorado, atracado no amor de Deus. “Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize!” (Jo 14,27), disse Jesus. Antes ainda, salientou: “Dou-vos a minha paz. Não como o mundo a dá”. A paz é contrária à perturbação, sinônimo de desordem, aflição, inquietação. Ora, se dizemos ter a paz de Cristo, esta que Ele mesmo nos dá, como podemos nos desorientar ao longo do percurso? Será que como os discípulos na barca, nos falta a fé no Cristo, que estava com Eles?

Talvez muitos de nós não tenhamos experimentado ainda a vivência “efetiva” da Fé, como a recebemos no batismo. Cabe a nós a prática desta virtude que deve ser constante; a Fé é a nossa âncora. Venham os ventos contrários, as tempestades, diremos como São Paulo: “Não me queixo, não. Sei em quem pus minha confiança.” Mas de verdade! Não somente nas palavras. É a graça que temos que pedir a todo momento: “Senhor, aumenta a minha fé”.

“Pela fé, o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, o homem dá assentimento a Deus revelador” (CIC 143). Assentimento para fazer também em nós o que fez com tantos ao longo da história. Basta abrirmos a nossa Bíblia para vermos como Deus se manifesta e o que faz na vida de homens e mulheres de fé. E por meio deles, revela-se e age na vida dos demais.

Temos nós sido portadores de fé, esperança e paz? Portadores do próprio Cristo? A nossa vida, a forma como passamos por cada situação cotidiana, tem revelado Cristo vivo para o outro? O Reino de Deus é paz e alegria no Espírito Santo. Ora, não é o que pedimos todos os dias, “Que venha a nós o vosso Reino”?

Sobre a paz, Jesus disse à Serva de Deus Luísa Piccarreta: “Minha filha, quando um rio está exposto aos raios do sol, olhando dentro dele vê-se o mesmo sol que está no céu, mas isto acontece quando o rio está calmo, sem que nenhum vento perturbe as águas; mas se as águas estão agitadas, apesar de o rio estar todo exposto ao sol, nada se vê, tudo é confusão. Assim a alma quando está exposta aos raios do Sol Divino, se está calma sente o Sol divino em si mesma, sente o calor, vê a luz e compreende a verdade; mas, se está perturbada, embora o tenha em si mesma, não sente outra coisa que confusão e perturbação. Por isso considera a paz como o maior tesouro, se deseja estar unida Comigo” (12 de abril de 1904).

Na virada deste ano, quando desejarmos paz aos familiares e amigos, que não seja outra senão esta paz, a paz de Cristo, a paz que excede toda a inteligência.

Eliane Donaire
Departamento da Divina Vontade | Associação do Senhor Jesus

 

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