“Aos homens, Deus concede mesmo poderem participar livremente na sua Providência” (CIC 307). Com esta frase do Catecismo da Igreja Católica, inicio o texto sobre São José. Que desafio escrever sobre este grandioso e humilde homem, ilustre descendente de Davi.

Justo, fiel, forte, puro… Com quanto amor Deus olhou para este que, assim como Maria, foi preparado para assumir a mais difícil e mais bela missão e, livremente, deu o seu “sim”, ao próprio Deus e àquela a quem ele tanto amou! Que atributos deveria ter o homem que seria o pai do Redentor, Jesus, nesta terra e que estaria ao lado de Maria, puríssima, sendo também o seu guardião, o seu esposo, amorosíssimo, que a defenderia e a livraria dos males e perigos que não faltariam também a esta Sagrada Família. O próprio Deus, em sua humanidade, por amor a nós, se sujeitou às condições da vida terrena, e “indefeso” teve José como seu guardião.

Deus agraciou José e quis contar com ele, que foi plenamente seu colaborador: “Cooperadores muitas vezes inconscientes da vontade divina, os homens podem entrar deliberadamente no plano divino, pelos seus atos e as suas orações, como também pelos seus sofrimentos. Tornam-se, então, plenamente ‘colaboradores de Deus’ e do seu Reino” (CIC 307). E assim foi José. Nele, livremente, Deus produziu o querer e o operar, segundo a sua vontade (c.f Fl 2, 13). Assim como Maria, José é para nós o exemplo. Obediente e confiante em “um só Deus”, aceitou o seu plano e soube que “a criatura sem o Criador esvai-se” (CIC 49). E era o Criador, feito Menino, quem tomava José por exemplo, e o observava; admirava-o e “aprendia” com ele as habilidades manuais, às quais fariam de Jesus o colaborador do sustento de sua família humana. Que belo mistério!

Deus olha para todos nós (e para a nossa família) com o mesmo amor e quer que sejamos, também nós, seus colaboradores; Ele quer que participemos de sua vida divina (c.f CIC 1997 ) e quer participar da nossa, cotidianamente. Esse é o propósito. José acolheu, amou e “fez-se lugar” para Jesus. E nós? É graça!

Peçamos a intercessão do Bom José, Esposo e Pai, Santo, que seja nosso guardião e nos ajude a, como ele, nos dedicarmos inteiramente ao cumprimento da vontade divina, para que nessa correspondência de amor a Deus, tenhamos uma “boa vida”, e ao final de nossa peregrinação terrestre, possamos dizer deste que é o padroeiro da boa morte: “Nunca recorri a São José sem ser atendido!” (Santa Teresa d´Ávila).

Eliane Donaire
Departamento da Divina Vontade | Associação do Senhor Jesus

 

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