Por quantas vezes em nossa vida já repetimos essa frase contida na oração do Pai Nosso? Incontáveis, não é mesmo? Mas será que, de fato, pensamos sobre o que estamos dizendo, o que estamos pedindo quando a rezamos? “Seja feita a vossa vontade…”, queremos mesmo que a vontade de Deus seja feita?  

Ao entrar neste mundo, Jesus disse: “Eu venho, […] ó Deus, para fazer a tua vontade” (Heb 10, 7). Assim viemos nós, também para fazer a vontade do Pai. No entanto, Jesus, no momento de sua grande agonia no Horto, “conforma-Se totalmente com esta vontade: «Não se faça a minha vontade, mas a tua» (Lc 22, 42). Sim, Jesus é Deus, mas foi em sua vontade humana que a vontade do Pai se cumpriu perfeitamente. 

Como agimos nós, inclusive nos momentos de “agonia” pelos quais passamos? Dizemos a Deus que confiamos plenamente no plano e na vontade Dele e nos abandonamos nessa confiança? Ora, só confiaremos em Deus, se desejamos e nos dispomos a conhecê-lo, sempre e mais, através de seu Filho Jesus. Conhecendo o Filho, conheceremos o Pai, o Pai nosso, que quer revelar-se e dar-se a si mesmo.  

Conhecer a Deus, o quanto é possível a nós, e a sua vontade, é graça que Ele mesmo nos concede, mas pressupõe, de nossa parte, humildade, o fazer-se pequeno. Quanto menor, melhor, tal como Maria. Pequenos, entregues e dependentes. O fato é que não queremos “depender” e, ao contrário, queremos ter controle sobre tudo. Nos afligimos em pensar que não controlamos e que não temos “soluções” a oferecer. Perdemos o sono com as respostas que não encontramos, e nos apavoramos. Bem provável que por esse motivo, oferecemos as nossas soluções para Deus e pedimos: “Senhor, atendei a nossa pressa”… e a nossa vontade grita que quer ser ouvida. Ainda assim, continuamos a rezar: “seja feita a vossa vontade”. E devemos continuar pedindo, desejando, entretanto, dizendo a Deus que desejamos conhecê-lo e à sua vontade. Devemos conhecer o que Ele diz através de sua Palavra, o Verbo encarnado, seu Filho Jesus. Peçamos a Jesus que una a nossa vontade à do Pai, para que se cumpra a vontade d’Ele, o seu plano, não somente em nossa vida, mas no mundo. “Somos radicalmente impotentes para tal, mas unidos a Jesus e com o poder do seu Espírito Santo, podemos entregar-Lhe a nossa vontade e decidir escolher o que o seu Filho sempre escolheu: fazer o que é do agrado do Pai. Nós pedimos com empenho que este plano benevolente se realize por completo na terra, como já se cumpre no céu (CIC 2825).  

 

Eliane Donaire
Departamento da Divina Vontade | Associação do Senhor Jesus

 

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