“Onde há paciência e resignação nas cruzes, há Vida Divina.”

Que período favorável à nossa fé é a Semana Santa! As práticas piedosas vivenciadas durante a Quaresma nos prepararam para, de coração contrito, participarmos das belíssimas celebrações, do Domingo de Ramos até a Páscoa e, em união à Santa Igreja, anunciarmos o sepulcro vazio, a ressurreição, a vitória de Cristo sobre a morte!

No entanto, há quem não participe das celebrações da Sexta-feira Santa ou da Paixão. Pulam a crucificação, a morte de Jesus, pela qual passa a nossa redenção, permitindo-nos voltar à amizade e união com nosso Criador.

Como não olhar para a cruz, abraçada voluntariamente e com tanto amor por Jesus? “Na cruz já defines uma medida para todas as criaturas e lhes dás uma medida suficiente para vinculá-las à Divindade com um laço esponsal e torná-las herdeiras do Reino dos Céus” (As 24 Horas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, 18ª Hora). Vinculados, unidos, atados à Divindade e herdeiros do Reino dos Céus! É isto o que a cruz de Cristo nos “torna capazes”.

É ela, a cruz, que nos permite enfrentar, corajosos, os nossos próprios sofrimentos. Sofremos por termos nos separado de Deus, de sua Amorosa Vontade. Como triunfaremos? Fazendo com que os sofrimentos pelos quais passamos não sejam em vão. Pela cruz nos assemelhamos a Cristo e, unidos a Ele, as nossas cruzes mudam de natureza e tornam-se também reparadoras, se as aceitamos e as ofertamos a Deus, pelos méritos de Seu Filho. Na cruz Jesus se apresenta ao Pai e pede que não olhe a humanidade sem ser por suas chagas; recorda ao Pai que já pagou o preço da nossa salvação; e recorda o mesmo à humanidade, chamando-a amar a Deus.

A cruz nos revela o Amor, e as nossas cruzes revelam quem somos de fato; tornam fecunda a nossa vida cristã e os frutos dos sacramentos por nós recebidos.  Quanta resignação e paciência temos diante das cruzes quando estas se apresentam?

“Só a cruz é que faz conhecer se verdadeiramente se ama o Senhor, mas a cruz levada com paciência e resignação, porque onde há paciência e resignação nas cruzes há Vida Divina. Sendo a natureza humana tão relutante em sofrer, se há paciência não pode ser coisa natural, senão divina, e a alma não ama mais só com seu amor ao Senhor, senão unida com o amor da Vida Divina”(Dos escritos da Serva de Deus Luísa Piccarreta, 16/2/1908).

Por isso tenhamos ânimo diante da cruz! É na cruz de Cristo, e somente nela, que conseguiremos crucificar a nossa vontade para que a Divina Vontade tome posse em nós, assim como fez a Santíssima Virgem Maria que em seu martírio constante, crucificou a sua vontade, para que somente a vontade de Deus tomasse posse plenamente dela.

Eliane Donaire
Departamento da Divina Vontade | Associação do Senhor Jesus

 

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