A quarenta dias da exaltação da Santa Cruz, a Igreja celebra a Transfiguração do Senhor. Os evangelistas narram esse acontecimento no qual Jesus se transfigura diante de Pedro, João e Tiago, permitindo que eles O vejam tal qual Ele é, glorioso, divino. Naquele momento Jesus mostra-lhes muito mais do que a Sua humanidade, mostra-lhes a Sua divindade.

Eles puderam ver o rosto de Jesus que resplandecia como o sol, e suas vestes que se tornaram brancas como a neve (c.f Mat 17,2 ). Puderam, ainda, ouvir a voz do Pai que dizia que Jesus é o seu filho muito amado.

Para os apóstolos, um momento também consolador já que Jesus, pouco antes, havia-lhes falado da Paixão e morte que haveria de sofrer. A transfiguração, porém, era para prepará-los e fortalecer. Ainda que tivessem caído ao chão, “assombrados” com o que viram, Jesus os encoraja dizendo: “Levantai-vos e não temais”. Em pé, animados pela palavra criadora do Cristo, passam a desejar nada mais que permanecerem ali; lhes é infundido o desejo das coisas do alto (c.f Col 3,1-2).

Assim somos nós. Pelo Batismo, temos infuso esse mesmo querer. Nossa alma deseja as coisas alto; no entanto, esse desejo é abafado pelo pecado.

Ah, como precisamos dar ouvidos a Jesus que nos chama a levantar, a não temer!

Na celebração da Transfiguração do Senhor, peçamos a Ele que nós sejamos transfigurados. Auxiliados pela Graça, possamos “subir a montanha” para nos apresentar e dizer: “Eis-me aqui, Senhor, transfigura-me”, e, sendo capazes de ver a Cristo que se revela, “descer da montanha” mudados, dispostos a viver a missão que nos é confiada, fortalecidos pela fé; esta “traz uma luz superabundante ao homem que busca o sentido último da sua vida” (CIC 26).

Pela fé, enfrentemos, também, a Paixão, tal qual os discípulos, que só mais tarde a puderam entender, lembrados e iluminados pelo Espírito.

Antes, que a nossa vontade responda “sim”, para permitir sermos levados, conduzidos por Jesus, como fizeram os três. A partir de então, o primeiro desejo de nosso coração, a cada dia, seja sermos restaurados constantemente à imagem daquele que nos criou para sermos por Ele reconhecidos, e que Ele também diga a nosso respeito: “Eis aí, o meu filho (a minha filha), muito amado(a)!

“Senhor, que brilhe em nós, o sol de Tua vontade, que põe em fuga todos os males de nossa alma!”

Eliane Donaire
Departamento da Divina Vontade | Associação do Senhor Jesus

 

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