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Acesse: Oração à Rainha Celestial para cada dia do mês de maio

A alma para sua Mãe Celestial:

Hoje, Santa Mãe, sinto um ardor de amor; não posso prosseguir, se não venho aos seus joelhos maternos para encontrar o pequeno bebê celestial em seus braços. A beleza d’Ele me extasia; Seus olhos me ferem; Seus lábios assumem a expressão de gemidos e se debruçam de soluços; e move meu coração para  O amar. Minha querida Mãe, sei que me ama; e, portanto, peço-lhe que me dê um pequeno lugar nos seus braços, para que possa dar-Lhe o meu primeiro beijo, derramar o meu coração no Pequeno Rei Jesus e confiar-Lhe os meus íntimos segredos, que me oprimem tanto; e, fazendo-O sorrir, digo-Lhe: “A minha vontade é sua e a sua é minha, e, portanto, forme em mim o Reino do seu Fiat Divino.”.

Lição da Rainha do Céu para sua filha:

Minha querida filha, oh! como eu anseio por tê-la em meus braços, ter o grande contentamento de poder dizer ao nosso Pequeno Rei bebê: “Não chore, meu querido, veja, aqui conosco está minha pequena filha que quer reconhecê-Lo como Rei e dar-Lhe o domínio em sua alma, para que estenda nela o Reino de sua Divina Vontade“.

Agora, filha do meu Coração, enquanto se contenta em observar o pequeno Menino Jesus, preste atenção em mim e me escute: deve saber que era meia-noite, quando o Pequeno Rei recém-nascido surgiu do meu ventre materno. Mas a noite mudou em dia. Aquele que era Dono da luz lançou fora a noite da vontade humana, a noite do pecado, a noite de todos os males e, pelo sinal do que fazia em direção às almas com seu Fiat Onipotente, a meia-noite foi transformada no dia mais resplandecente. Todas as coisas criadas correram para cantar ao Criador, naquela pequena Humanidade. O sol correu para dar seus primeiros beijos de luz ao pequeno bebê Jesus e aquecê-Lo com o seu calor; o vento imperante com seus redemoinhos purificou o ar daquele estábulo, e com seu doce gemido dizia-Lhe: “Eu O amo”; os Céus foram abalados até os seus fundamentos; a terra exultava e tremia até nas suas entranhas; o mar tornou-se tumultuado com as ondas mais altas.

Enfim, todas as coisas criadas reconheceram que o Criador já estava no meio deles; e todos competiram em cantar para Ele. Os próprios Anjos, formando luz no ar, com vozes melodiosas, fazendo-se ouvir por todos, disseram: “Glória a Deus no mais alto dos Céus e paz na terra aos homens de boa vontade! Já nasceu o Pequeno Bebê Celestial na gruta de Belém, envolto em pobres faixas…”. Então os pastores, porque estavam vigiando, ouviram as vozes angelicais e correram para visitar o Pequeno Rei Divino.

E assim, minha querida filha, continue a me ouvir. Como eu O recebi em meus braços e Lhe dei meu primeiro beijo, senti a necessidade do amor de dar do meu ao meu pequeno bebê; e dando-Lhe o meu peito, dei-Lhe leite abundante, leite que foi formado pelo mesmo Fiat Divino em minha pessoa para alimentar o Pequeno Rei Jesus. Mas quem pode dizer o que senti ao fazer isso, e os mares de Graça, de Amor, de Santidade que meu Filho me deu em troca? 

Assim, envolvi-O em faixas pobres, porém limpas, e O coloquei na manjedoura. Esta era a sua Vontade, e eu não podia fazer nada menos do que segui-La. Mas antes de fazer isso, deixei que São José participasse, entregando-O em seus braços; e oh! como se encantou e O apertou ao coração; e o doce e Pequeno Bebê jogou torrentes de graças em sua alma. E assim, juntamente com São José, ajustamos um pouco de feno na manjedoura; e retirando-O de meus braços maternos, colocou-O dentro dela. E sua Mãe, encantada com a beleza do Celeste Menino, passou a maior parte do tempo genuflexa diante d’Ele. Coloquei em movimento todos os meus mares de amor que o Querer Divino formara em mim, para amá-Lo, adorá-Lo e agradecê-Lo. 

E o Pequeno Menino Celestial, o que fazia na manjedoura? Um ato contínuo da Vontade de nosso Pai Celestial, que também era sua; e, com gemidos e suspiros, gesticulava, chorava e chamava a todos, dizendo em seus gemidos amorosos: “Venham todos, meus filhos; por amor a vocês nasci à dor, às lágrimas. Venham todos conhecer o excesso do meu amor! Deem-me um refúgio em seus corações.” E foi um vai-e-vem de pastores que vieram visitá-Lo, e para todos, dava Seu doce olhar e Seu sorriso de amor, em Suas próprias lágrimas.

Agora, minha filha, uma palavrinha para você: saiba que toda a minha alegria era ter meu querido Jesus em meu colo; mas o Querer Divino me fez entender que eu deveria colocá-Lo na manjedoura à disposição de todos, de modo que quem quisesse poderia acariciá-Lo, beijá-Lo e levá-Lo em seus braços, como se fosse dele. Ele era o Pequeno Rei de todos; portanto, tinham o direito de fazer Deste um doce penhor de amor. E, para cumprir o Querer Supremo, me privei de minhas inocentes alegrias e comecei, com as obras e os sacrifícios, o ofício de Mãe, de dar Jesus a todos. 

Minha filha, a Divina Vontade é exigente e quer tudo, até o sacrifício das coisas mais santas e, de acordo com as circunstâncias, o grande sacrifício de privar-se do próprio Jesus. Mas isso é para expandir ainda mais o seu Reino e multiplicar a vida do próprio Jesus, porque quando a criatura por seu amor se priva dEle, é tal e tanto o seu heroísmo e o sacrifício, que tem a virtude de produzir uma nova vida de Jesus, para poder formar uma outra habitação a Jesus. Portanto, querida filha, seja atenta, e sob qualquer pretexto, nunca negue nada à Divina Vontade.

A Alma:
Santa Mãe, os seus lindos ensinamentos me surpreendem; mas, se quiser que os pratique, não me deixe sozinha. E quando me vir a sucumbir sob o enorme peso das privações divinas, aperte-me em seu Coração materno, e sentirei a força para nunca negar nada à Divina Vontade. 

Pequena flor:
Hoje, para me honrar, virá três vezes visitar o bebezinho Jesus, beijando suas mãozinhas; e lhe fará cinco atos de amor para honrar as suas lágrimas e para aquietar-lhe o choro.

Jaculatória:
Santa Mãe, derrame as lágrimas de Jesus em meu coração para que Ele possa dispor em mim o triunfo da Vontade de Deus.